sexta-feira, 7 de maio de 2010

Guerra á guerra ao terror



GUERRA À GUERRA AO TERROR



É um filme de conteúdo descaradamente IDEOLÓGICO. Acompanhamos o drama dos “meninos”, jovens soldados americanos que ainda não conheceram a paternidade e outros que deixaram seus bebês em casa do outro lado do mundo para enfrentar a difícil tarefa de desarmar bombas dos malvados iraquianos que colocaram bombas em suas próprias ruas para matar um punhado de americanos “que só estão ali de passagem”.

Nessa visão americana os covardes iraquianos, psicopatas sem coração, não se importam com suas dezenas de familiares e amigos de infância que estão no mesmo quarteirão que pretendem mandar pelos ares. È dessa forma que a diretora pau mandado do pentágono Kathryn Bigelow entregou seu filme, uma cópia falsificada da técnica praticada por Paul Joseph Goebbels, propagador do nazismo através de filmes.

O Iraque foi absolvido das armas de destruição em massa, mas ninguém é capaz de dizer isso claramente, pedir desculpas é demais para o EGO americano e para o europeu ARROGANTE.

Para os ALIADOS o saldo foi “positivo” porque ENFOCARAM o bode expiatório do SADAN HUSSEN e ganharam um território que possui umas das maiores reservas de petróleo conhecida pelo mundo.

Eu não me surpreenderia se aquelas locações do filme forem à capital Bagdá, pois ai eu teria certeza que além de uniformes, tanques e treinamento para a produção do filme o pentágono também disponibiliza “locação” para dar mais realidade aos seus filmes preferidos. Premiar com um Oscar um filme desses é dizer ao mundo: “Nós estamos eliminando o povo mal encarado e malvado do Oriente Médio, por um bom motivo”.

Mesmo não tendo encontrado as tais armas de destruição em massa, por trás de toda aquela desgraça no Iraque, apenas os americanos estão sofrendo com a saudade de casa e a constante tensão e medo. Dentro daquelas casas miseráveis no meio do deserto, crianças, idosos, pais e mães de família não sentem medo do som dos tiros e bombas. Imagine você dormindo em seu quarto e sua casa ser alvejada por balas ou bombas, muitos foram dormir naquele país e acordaram ao lado de ALAH desde que Bush declarou sua “guerra ao terror”.

Do ponto de vista americano: iraquiano não sorri, não ama e muito menos tem sonhos de vida. Até as falas em árabe dos atores do núcleo iraquiano foram ignorados pela diretora desse filme maquiavélico.

Não importa o que esses vilões estão dizendo?. A arrogância dos produtores desse filme menospreza o poder intelectual dos outros habitantes do mundo, a ponto de um cidadão do ocidente, latino americano subdesenvolvido do terceiro mundo que sou (Rótulo que os norte-americanos e seus sócios europeus nos colocaram), é capaz de perceber as más intenções por trás de um filme americano tão magnífico merecedor de um OSCAR. Reconhecimento dado pelos próprios americanos é claro!.

Por Vanderson Feitosa






LUTO PELA COVARDIA

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